Desvendando os CAPTCHAs: Bots Mais Espertos do que Nós? Uma Investigação Digital!

Lutar contra os perigos escondidos na web é uma tarefa complicada e difícil de quantificar em termos de tempo e custos, tanto financeiros quanto emocionais. No entanto, uma coisa é certa: tanto os usuários quanto os donos de sites estão ficando cada vez mais frustrados com os obstáculos que surgem diariamente.

Uma das coisas que mais incomodam os usuários são os CAPTCHAs. Mas o que são eles?

Os CAPTCHAs, que existem há cerca de 20 anos, foram criados para proteger os sites de ações maliciosas, como hackers roubando conteúdo, postando coisas ruins ou fazendo transações fraudulentas. Essas letrinhas que você precisa decifrar antes de enviar um formulário têm um nome cheio de significado: Teste de Turing Público Completamente Automatizado para Diferenciar Computadores de Humanos.

Basicamente, os CAPTCHAs são desafios que foram pensados para serem resolvidos por pessoas, não por computadores. Eles foram inventados para manter sites protegidos contra ações ruins de bots, como spams e fraudes. Inspirados pelo teste de Turing, que tenta ver se um computador consegue se passar por humano, os CAPTCHAs são como quebra-cabeças que humanos podem resolver facilmente, mas difíceis para os bots. Eles podem aparecer de várias formas, como letras distorcidas para identificar, escolher imagens específicas ou resolver quebra-cabeças.

A ideia é fazer com que humanos interajam, impedindo que bots façam coisas prejudiciais, como criar várias contas falsas ou mandar muitas mensagens de uma vez. Mas às vezes, esses CAPTCHAs podem ser bem chatos e difíceis de resolver.

Mas será que eles realmente funcionam?

Bom, apesar de ser uma ideia boa, existem alguns problemas. Além de serem demorados e irritantes, os CAPTCHAs não são à prova de falhas. Por exemplo, se uma foto de um espelho ampliado é parecida com um ônibus, será que ela é um ônibus? Se uma foto cortada da base de um semáforo é mostrada, ainda dá para reconhecer que é um semáforo? Parece que até uma passarela elevada pode confundir as coisas, já que ela parece muito com uma ponte.

Agora, temos mais uma razão para ficar frustrados com os CAPTCHAs. Parece que os bots estão conseguindo resolvê-los melhor que os humanos.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine, testaram 1.400 pessoas em vários tipos de CAPTCHAs e descobriram algo surpreendente. Eles publicaram um estudo no servidor de pré-publicações arXiv, e nele dizem que os bots não só são melhores em resolver diferentes tipos de CAPTCHAs, como reconhecimento de imagens, quebra-cabeças deslizantes e texto distorcido, mas também são mais rápidos.

“Os CAPTCHAs evoluíram em termos de sofisticação e diversidade, tornando-se cada vez mais difíceis de serem resolvidos tanto por bots [máquinas] quanto por humanos.”

Andrew Searles, autor de um artigo intitulado “Um Estudo Empírico e Avaliação de CAPTCHAs Modernos”

Andrew Searles, que escreveu um artigo chamado “Um Estudo Empírico e Avaliação de CAPTCHAs Modernos”, explica que os avanços na tecnologia dos bots tornaram possível para eles reconhecerem texto distorcido com uma precisão impressionante de mais de 99%. E muitas vezes os bots terceirizam o trabalho de resolver os CAPTCHAs para grupos de pessoas, que são pagas para fazer isso.

Os pesquisadores perceberam que os bots acertam os CAPTCHAs de texto distorcido quase 100% das vezes. Enquanto isso, os humanos acertam entre 50% e 84% das vezes, levando até 15 segundos para resolver cada um, enquanto os bots fazem isso em menos de um segundo.

O estudo mostra que, apesar de não gostarmos dos CAPTCHAs, os bots estão se tornando mestres em resolvê-los. Isso faz a gente se perguntar se todo o esforço que gastamos para resolver esses quebra-cabeças todos os dias realmente vale a pena.

Os bots são ainda melhores quando se trata de resolver CAPTCHAs baseados em imagens, mas os humanos têm um desempenho um pouco melhor em testes de quebra-cabeças deslizantes.

Searles sugere que a melhor forma de lidar com esse problema é usar a inteligência artificial para desenvolver algoritmos mais espertos que consigam diferenciar melhor as atividades dos bots.

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